Como nós
Marxistas-Leninistas
temos sabotado
o movimento revolucionário
RODRIGUES A.
Como nós Marxistas-Leninistas temos sabotado o movimento revolucionário
Éditeur ? Dezembro 1976 -287p.
Ou comment une aile gauche d'un courant ML portugais affirme :
"Os marxistas-leninistas portugueses não têm tido qualquer papel na direcção do movimento revolucionário desde o 25 de Abril. Jamais conseguiram compreender profundamente o que se passava, fundirem-se com o processo revolucionário e definirem uma linha táctica que permitisse fazer avançar o movimento revolucionário. O processo revolucionário seguiu o seu curso, espontaneamente, enquanto que os grupos marxistas-leninistas, actuando como seitas, debatiam altas teorias tiradas dos alfarrábios, procediam a demarcações e mais demarcações que justificassem perante os militantes a divisão dos grupos, mas não se integravam no processo revolucionário em curso. Em muitos casos os marxistas-leninístas apareceram a combater os aspectos positivos do processo revolucionário espontãneo e a afastar os seus militantes das organizações onde se encontravam as massas. Havia militantes operários dos grupos marxistas-leninistas que estavam integrados no importante Secretariado Inter-Empresas que organizou a importante manifestação de 7 de Fevereiro. Esse secretariado englobava imensas Comissões de Trabalhadores das mais importantes empresas industriais do pais, que defendiam uma orientação revolucionária e manifestava vontade e capacidade se orientado por uma linha marxista-leninista, de disputar a direcção do processo revolucionário aos revisionistas. Na sua miopia política, os grupos marxistas-lenimstas afastaram desse Secretariado os seus militantes Operários, em vez de terem combatido por consolidar e perspectívar esse movimento espontâneo da classe operária, essa tentativa de organização autónoma e revolucionária, fora da órbita dos revisas, numa altura em que a vanguarda ainda não estava profundamente dividida por Partidos. A teoria que predominam em vários grupos, na altura, era que as Comissões de Trabalhadores eram uma forma da pequena-burguesia dominar o proletariado e por conseguinte seriaa indigno que os seus militantes nelas participassem."
L'ouvrage est intéressant pour comprendre ce qu'il se passe dans le logiciel léniniste face aux commissions spontanées. Au delà des querelles et des débats propres au courant on peut y trouver des passages d'auto-critique très féroces qui hélas ne proposent que la restauration d'un léninisme pur et gauchisé et donc partidaire.