Jornal COMBATE - 2 publicações Vosstanie Editions

Jornal COMBATE - 2 publicações Vosstanie Editions
Jornal COMBATE - Vosstanie Editions

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Adolfo Kaminsky: O Falsificador Livro / Sarah Kaminsky

 

Adolfo Kaminsky, judeu russo de nacionalidade argentina, tinha 17 anos quando foi despejado de casa, com a família, e enviado para o campo de concentração de Drancy. Os seus passaportes argentinos garantiriam à família Kaminsky a libertação deste campo, salvando-os, por uma questão de horas, da deportação para Auschwitz.

Já com a fuga de França marcada, Kaminsky é recrutado pela 6ª, o braço secreto do UGIF, onde se tornaria o mais jovem falsificador ao serviço da Resistência francesa e onde o seu trabalho garantiria salvo-conduto a milhares de judeus nos últimos anos da Segunda Guerra Mundial.

Após a tomada de Paris, Kaminsky é recrutado pelos serviços secretos franceses, que abandona aquando da Guerra da Indochina. Regressado à clandestinidade, nas décadas seguintes viria a colaborar com a resistência antifranquista, com resistente gregos contra a ditadura dos coronéis, com antissalazaristas em Portugal, com a Frente Nacional de Libertação da Argélia, com objetores de consciência norte-americanos durante a Guerra do Vietname, com vários movimentos de esquerda na América do Sul e com diversos movimentos independentistas africanos (Guiné, Guiné-Bissau, Angola e África do Sul). Kaminsky nunca aceitou dinheiro pelo seu trabalho de falsificador, recusando tornar-se um mercenário e comprometer os ideais maiores de liberdade e dignidade humana que o guiavam. Esta é a história de um verdadeiro herói.

Inclui glossário de Luísa Gabão e José Hipólito dos Santos.
Posfácio de Irene Hipólito dos Santos.

Bertrand Editora, setembro de 2020  216 páginas

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

O RETRATO DA DITADURA PORTUGUESA / Edgar Rodrigues

O RETRATO DA DITADURA PORTUGUESA

 Edgar Rodrigues


Edição Mundo Livre (1962) , Rio de Janeiro, 216pgs.

 

A RAZÃO DÊSTE LIVRO

Com a publicação de "O RETRATO DA DITADURA PORTUGUÊSA”, tem o autor a intensão de divulgar a vasta documentação que colecionara durante a sua longa e penosa permanência em Portugal. Por outro lado, protestar contra essa negra e sinistra figura que outrora dirigia o “CORREIO DE COIMBRA" e sob o pseudônimo de Alves da Silva usava e abusava da liberdade de pensamento escrito e falado, e que agora tão covardemente arrebata aos seus concidadãos.

Alguém – que ao tempo me pareceu muito acertado – afirmara que os ditadores amam demasiadamente a liberdade, por isso a querem só para eles, em vez de a dividirem com os seus semelhantes. Todavia isso não é exato! O ditador português não tem liberdade e também não ama a liberdade, pois se tornou um escravo do sistema que criara para tirar a liberdade aos demais; escravizando, tornou-se escravo de si mesmo. Salazar é um escravo que escraviza, um mentiroso que obriga os outros a mentirem; um criminoso que impele os seus auxiliares a prender, torturar e matar; um escamoteador, que incita os seus auxiliares a roubar.

Tirar a liberdade é roubar; apoderar-se da literatura social – ato corriqueiro e muito praticado nos correios portuguêses, onde funciona a polícia política a mando do famigerado ditador – é furtar, e tudo isso é executado por um sistema ditatorial do qual são vítimas os que perseguem e os que são perseguidos. Oliveira Salazar tem larga semelhança com José Duro, o poeta tuberculoso, que em seu livro ”Fel” afirmava odiar à vida, só porque se sentia morrer lentamente, só porque não podia viver como os demais. E conclui-se que: Salazar é uma vítima da angústia, doença que tenta transferir para os seus concidadãos. Quem algum dia já viu o ditador alegre, divertido, falando da família ? das crianças que alegram a vida? Salazar, como o poeta tuberculoso, odeia a vida, porque não vive! Repudia a família, porque não a tem! Não permite que se fale livremente e  encera os que tentam usar a liberdade, porque gosta das trevas como o morcego procura os subterrâneos e a solidão.

No meu protesto não almejo fazer o jogo de qualquer movimento político partidário, correntes a que estou alheio por convicção ideológica. Tão pouco pretendo atacar os homens como cidadãos, como chefes de família, mas tão só como políticos dirigentes dum sistema ultrapassado e pontilhado de sangue aqui e ali, ao longo de uma existência de mais de 30 anos.

Não esqueço também, os "anti-fascistas”, e oposicionistas, de todas as correntes – que se perdem em discrepâncias banais e se subdividem pelo exilio e em Portugal – sem olhar para esse passado de 34 anos de oposição, trabalho até agora feito para derrubar a ditadura, e que na realidade, mais ajudou a consolidá-la do que liquidá-la definitivamente. O balanço das vítimas da ditadura – já não direi dos atingido pela falsa educação e vítimas da mistificação de Fátima – mas dos que morreram pelas prisões ou fora delas, mas em conseqüência das mesmas, e dos que a cada instante transpõem os Umbrais das câmaras de tortura, e que atinge a casa dos milhares, sem que dêsse sacrificio se tenha sacado resultados práticos. Eis a realidade nua.

Já lá vão 34 anos, tempo demasiadamente longo para se planejar e executar a derrubada de uma tirania, que só pela força veremos desaparecer. Ninguém levará à Península Ibérica a liberdade, a não ser conquistada pelo próprio povo de Portugal e da Espanha. A liberdade do Povo Ibérico terá que ser uma conquista do próprio povo e não uma dádiva circunstancial, para ficar como está, com rótulo diferente.

As páginas que o leitor lerá, não têm o bom sabor e o brilho literário que lhe poderiam em prestar os mestres da gramática - que não raro se perdem atrás do estilo, esquecendo a substância e os fatos, – tão pouco se destina a agradar as correntes da direita ou da esquerda. Sua missão é a de trazer a verdade amarga e cruel, mas a verdade. 

 Edgar Rodrigues

sábado, 5 de setembro de 2020

A crise da sociedade Portuguesa : " Descolonizaçao" & "Independencia Nacional"


A crise da sociedade Portuguesa 

"Descolonização" & "Independencia Nacional" 

Charles Reeve - J.Carvalho-Ferreira 

Edições Contra a Corrente, Setembro 1975, 27p.



 

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Por uma acção revolucionária em época de refluxo / COMBATE - CONTRA A CORENTE (1980)


Edições Contra a Corrente, Lisboa, 1980. 12 pages.


I. O significado das eleições

II. Dois derrotados

III. O bloqueamento do processo revolucionário

IV. O nacionalismo dos partidos "de esquerda"

V. A estratégia actual dos partidos "de esquerada"

VI. Por uma actividade anti-nacionalista


On trouvera une version au format texte d'ici peu sur cette page.





terça-feira, 7 de julho de 2020

PARUTION : Reprint du Journal COMBATE 1974-1978 (EN PORTUGAIS)

Reprint du Journal COMBATE
1974-1978

[EN PORTUGAIS]




Nous venons de recevoir les premiers exemplaires de l'ouvrage à paraitre fin août 2020.

Il s'agit d'une édition complète en reprint de la totalité des numéros du
Journal COMBATE édité de 1974 à 1978. (51 numéros).

Ouvrage en portugais, relié (cartonnage)
21X29,7 - 560 pages.
49 Euros.

N'hésitez pas à nous contacter si vous désirez réserver un exemplaire.


Voir aussi


Pour en savoir plus sur le journal Combate Voir la brochure

Quand le peuple est populaire - Vosstanie Éditions


quinta-feira, 14 de maio de 2020

Autogestão em Portugal - Relatório da Comissão Interministerial (1980)

Autogestão em Portugal
Relatório da Comissão Interministerial (1980)


Relatório da Comissão Interministerial. 
Para Análise da Problemática das Empresas em Autogestão. 
Centro de Estudos Fiscais da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos. 
Ministério das Finanças. Lisboa. 1980. 384 págs.

Note ArqOperaria
Luís Brito CORREIA est l'auteur de ce rapport / compilation à destination de l'État. Ouvrage dont nous parlerons prochainement dans une réflexion plus large sur les entreprises qui adoptèrent cette forme de "gestion" sous la pression de la nécessité.

INDICE

Introdução

Parte 1 - Enquadramento histórico e doutrinário
Parte 2 - Situação jurídica das empresas em autogestão
Parte 3- Análise sócio-económica das empresas em autogestão. Parte 4- Reflexões para uma política da autogestão em Portugal
Apêndice
Decreto-Lei nº 821/78 de 12 de Novembro - Estabelece providências destinadas a impedir a perturbação do funcionamento das empresas geridas pelos trabalhadores
Decreto- Lei nº 185/78 de 19 de Julho - Premite a suspensão da instância nas execuções por dívidas contraídas no exclusivo interesse da própria empresa por proprietários ou cessionários da exploração de empresas que estejam a ser geridas exclusivamente pelos trabalhadores. - 
Lei nº 66/78 de 14 de Outubro - Instituto Nacional das empresas em autogestão (INEA)
Lei nº 68/78 de 16 de Outubro - Empresas em autogestão.

terça-feira, 28 de abril de 2020

O movemento libertario en Galiza : (1936-1976) / Dionisio Pereira, Eliseo Fernández

O movemento libertario en Galiza : (1936-1976)

Unha historia do anarquismo e do anarco-sindicalismo en Galiza
 Ediciones A Nosa Terra, 2006, 338p. 

Un livre en galicien. 
Fort intéressant pour les minhotos et les autres. 

 
 


domingo, 26 de abril de 2020

LES ANARCHISTES, LE PORTUGAL ET LA FAI

LES ANARCHISTES, LE PORTUGAL ET LA FAI*
http://www.mediafire.com/file/9ercrp1nvlr4zny/LES_ANARCHISTES%252C_LE_PORTUGAL_ET_LA_FAI.pdf/file
En réalité, les anarchistes portugais ont participé aux activités de la FAI (comme aux assemblées plénières nationales en 1933 et 1936) et - jusqu'à ce que cela soit possible - ont créé des groupes libertaires en Espagne, avec la participation, par exemple, de Vivaldo Fagundes et de José Rodrigues Reboredo.

Titre Vosstanie / Arqoperaria

* OS ANARQUISTAS ORGANIZAM­-SE : A FAI, in História do movimento anarquista em Portugal de Edgar Rodrigues, Ateneu Diego Giménez 2010.


Traduit du portugais par Vosstanie avril 2020 - 7p

quinta-feira, 23 de abril de 2020

A Resistência anarco-sindicalista à ditadura. Portugal 1922-1939 / Edgar Rodrigues


Editora SEMENTEIRA, Lisboa 1981 - 374 pp.


1 - DA REPÚBLICA AO FASCISMO
2 - DO CUSTO DE VIDA ÀS GREVES
3 - PUJANCA E DECLĺNO DO MOVIMENTO SINDICALISTA REVOLUCIONÁRIO
4- A IDEIA E O PREÇO

ANEXOS 



NOTA DO EDITOR

Este livro teve origem há uma dezena de anos atrás, quando alguns militantes sobreviventes do anarquismo português decidiram confiar a Edgar Rodrigues, também ele anarquista mas exilado no Brasil, velhos papéis e documentos conservados com mil precauções através de décadas de perseguições e receios.

Dessa colaboração de esforços, dessa vontade de não se deixar silenciar pelo esquecimento e a censura, surgiu uma obra que, com as limitações inerentes às condições em que foi produzida, é a primeira a fornecer, no seu conjunto, uma visão panorâmica do que foi o anarquismo em Portugal e do movimento operário por ele influenciado.

A Resistência Anarco-Sindicalista à Ditadura, que abarca o período que vai de 1922 a 1939, insere-se pois num conjunto mais vasto, de que já saíram a público O Despertar Operário em Portugal (1834-1911) e Os Anarquistas e os Sindicatos (1911-1922). Em breve esperamos por a circular o último volume desta obra (A Oposição Libertária em Portugal, 1939-1974), que incluirá também um importante conjunto de biografias de militantes, alguns depoimentos e mais documentos inéditos.

Possa este esforço suscitar leitores atentos e interessados, são os nossos votos.



segunda-feira, 2 de março de 2020

REPRINT (Fim de Agosto 2020 ) - Todos os números do jornal COMBATE

Todos os números do jornal
COMBATE
[51 números]

Reprodução (REPRINT) completa de todos os números (51)  num livro de capa dura.
Vosstanie Éditions - 21X29,7 - 560 págs.

Ver também 

La Commune des lumières / Jean Lemaître

La Commune des lumières 
Portugal 1918, une utopie libertaire 


La Commune des lumières au Portugal fut, en 1918, une expérience de réalisation d’un projet de vie communautaire se réclamant de l’anarcho-communisme. Malgré sa brièveté et le peu de traces écrites qu’elle a léguées, elle a durablement marqué les populations de l’Alentejo.
La figure de celui qui en fut le principal instigateur, António Gonçalves Correia, pionner du naturisme et des pédagogies nouvelles, sa vie et ses combats demeurent une référence pour l’ensemble des composantes du mouvement révolutionnaire au Portugal, et ce bien au-delà de celles se réclamant de la tradition libertaire.

Jean Lemaître explore cet héritage, entre reportage et fiction, sans négliger les rares archives disponibles.
 Éditions Otium (2020) , 200 pages, 18 euros

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Le mouvement anarchiste portugais / Le Monde Libertaire (1984)

 Le mouvement anarchiste portugais
Le Monde Libertaire (1984) - 14 juin 1984 n° 535

L’anarchisme a été, jusqu’aux années 40, le courant idéologique prédominant au Portugal, dans la classe laborieuse. Pourtant, même aujourd’hui celui-ci prend un nouvel essor, il reste encore peu diffusé et mal connu, ce qui rend difficiles la connaissance et la compréhension de son évolution, de la période salazariste à nos jours. C’est à travers les quelques documents [1] auxquels j’ai eu accès que j’essaye de donner, ici, un aperçu de l’histoire et de l’existence de ce mouvement.

La situation explosive au début du siècle

La période qui a suivi la guerre de 14-18 a marqué le début du déclin du mouvement ouvrier dans son ensemble. La guerre, la crise économique et la répression farouche, exercée par la république, ont provoqué une baisse significative du degré de combativité du prolétariat fatigué par des grèves aussi dures que longues.

D’un autre côté, une vague de protestations, menée par la bourgeoisie républicaine, contre le Parti démocrate, au pouvoir, a amplifié la crise politique déjà existante. Cette situation ne pouvait qu’être favorable aux tentatives de coups d’Etat, et de fait, l’une d’elles aboutit au coup d’État du 28 mai 1926, soutenu par tous les stratèges de la partie la plus conservatrice et réactionnaire de la bourgeoisie portugaise.

L’opposition du mouvement anarchiste ne se fit pas attendre. En effet, nombreuses et violentes, furent les actions de protestation. Pourtant, la répression s’ampli-fia, surtout après la tentative insurrectionnelle du 7 février 1927, où il y eu plusieurs dizaines de morts, des centaines d’arrestations ainsi que l’interdiction de la CGT et des journaux anarchistes. Dès lors, beaucoup de militants vont être contraints à l’exil ; de là, naîtra, à Paris, l’embryon de la future Fédération anarchiste des Portugais en exil (FAPE). Celle-ci commença à exister, réellement, en Espagne, dès 1931-1932, et eut un rôle important durant la guerre civile espagnole. Au Portugal, il fallut attendre 1929 pour que la presse anarchiste réapparaisse (à Porto, avec Le Germinal, L’Aurore et La Vie (dans cette ville, la répression était beaucoup moins importante qu’à Lisbonne).

En 1930, se forma l’Alliance libertaire de Lisbonne (ALL), et petit à petit, divers groupes apparurent dans tout le pays. Leur fédération donna donc l’ALL qui elle-même engendra en juin 1932 la Fédération anarchiste de la région portugaise (FARP). Pourtant les persécutions policières, les nombreuses arrestations de ses militants, eurent raison d’elle, six mois plus tard.

Malgré cela, à la suite d’une réunion, au printemps 1932, dans la Société espérantiste Antawen, se créa le Comité régional organisateur des jeunes libertaires. Ce dernier sera le seul mouvement spécifiquement anarchiste (avec pour but la reconstruction de tout le mouvement) qui réussisse à survivre jusqu’aux années 50.

Pendant ce temps, le régime politique de Salazar, devenant de plus en plus fort, publie le Statut du travail national, avec pour but la dissolution des syndicats existants. De là, va sortir la tentative d’insurrection du 18 janvier 1934, qui fut, à cette époque, sans conteste, un des principaux mouvements tentés par le prolétariat, de manière autonome. L’échec de cette tentative et l’augmentation importante de la répression policière entraînèrent certains changements dans le mouvement anarchiste, et en particulier, la disparition définitive de la CGT en tant que telle. Pourtant, son journal, A Batalha (« La bataille ») continuera à paraître, clandestinement, grâce aux divers groupes de la FARP et des Jeunes libertaires.

En 1939, donc, quasiment toute opposition au régime avait disparu. La répression atteignit un seuil jamais franchi par elle, et ce furent plusieurs dizaines de militants du mouvement anarchiste qui furent arrêtés et déportés. Il faut d’ailleurs souligner que la conjoncture internationale, dominée par le renforcement du fascisme dans plusieurs pays d’Europe, et surtout par la défaite du mouvement révolutionnaire espagnol, était totalement favorable au durcissement du régime salazariste. Les causes de la disparition du mouvement anarchiste en 1950 furent sans doute :
  • sa non adaptation à la nouvelle réalité ;
  • une faiblesse théorique et progressive [2] ;
  • et surtout la forte répression.
Il y eu alors une dispersion des militants anarchistes qui continuèrent leurs activités, soit au sein du Mouvement d’unité démocratique, qui était apparu en 1945, soit au sein de coopératives et associations. Le mouvement ne réapparut, alors, en tant que tel, qu’en 1974.

Pour des carences diverses et par manque de moyens matériels, l’organisation libertaire n’a pas connu de grand développement après le 25 avril 1974 (« Révolution des oeillets »). Parmi les nombreux jeunes [3] apparemment plein d’enthousiasme, apparaissant à cette époque dans les organisations libertaires, beaucoup, en fait, ne faisaient que passer en courant d’air, d’où les échecs des tentatives d’organisations à l’échelle nationale, comme ont essayé de l’être le Mouvement libertaire portugais (MLP), l’Alliance libertaire et anarcho-syndicaliste, pour ne parler que de celles qui ont eu, effectivement, un début de réalisation (tout cela étant fait avec comme base le journal A Batalha). A Voz Anarquiste (« La voix anarchiste »), qui depuis sa fondation (soutenue par le Centre de culture libertaire) a toujours eu son adresse à Almada, a été présente dans toutes les tentatives organisationnelles à l’échelle nationale.

C’est d’ailleurs en cette année 1974 que naquit la revue « de culture et de pensée anarchiste » A Ideia (« L’Idée ») qui continue à paraître aujourd’hui, environ tous les six mois. Il ne faudrait pas non plus oublier le journal O Meridional qui parut de 1978 à 1979 et dont le livre de Julio Carrapato : Una campanha de salubridade on a critiquerda ideologia do conformismo (« Une campagne de salubrité ou la critique de l’idéologie du conformisme) retrace pour nous plusieurs articles très intéressants de ce journal.

Le mouvement anarchiste portugais aujourd’hui

Il y a de nombreux compagnons isolés, suivant la tendance plus ou moins individualiste. Pourtant, depuis ces dernières années des petits groupes apparaissent dans différentes régions du Portugal et semblent plus solides, moins éphémères qu’auparavant, plus présents dans les luttes (antinucléaires, antimilitarisme, social, etc.).

Deux projets intéressants destinés à améliorer les moyens de diffusion de l’idéologie anarchiste sont en cours : une imprimerie libertaire et une radio Liberté. D’un autre côté, le journal Voz Anarquista a terminé sa longue marche avec le n° 74 (les éditeurs étudient, actuellement, le lancement d’un nouveau type de publication périodique).

Le journal A Batalha (ancien organe de la CGT anarcho-syndicaliste, qui est le journal libertaire paraissant le plus régulièrement, actuellement au Portugal) est confronté a de nombreuses difficultés (économiques, entre autres), d’où une tentative de restructuration.

Il ne faudrait pas oublier, pour terminer, de parler de la publication polycopiée O Despertar (« Le Réveil », des jeunesses libertaires) qui n’a pas une parution périodique, mais dont il est intéressant de signaler l’existence, car elle semblerait marquer la renaissance des Jeunesses libertaires au Portugal. Signalons également le projet de réalisation en 1987 d’un colloque d’études et une exposition historique sur le thème : « Un siècle d’anarchisme au Portugal ».

Secrétariat aux relations Internationales

[1] Documents utilisés pour cette étude A Ideia n° 32-33, Apontamentos sobre a historia das JJLL en Portugal (FIJL), le livre de José Francisco, cité ci-dessous ; Osegredo dos prisées atkintices de Acàcia Tomas de Aquino ; O despertar operario em Portugal de Edgar Rodrigues (éd. Sementeira).
[2] Cette faiblesse théorique se sentira d’ailleurs dans les quelques journaux qui réussissent à survivre durant cette période.
[3] Pour un témoignage sur les journées d’un militant anarchiste pendant la « Révolution des œillets », voir le livre de José Francisco Episédios da minha vida familiar de militante confederal, éd. Sementeira.

A Banca ao Serviço do Povo / Ricardo Noronha (PDF)

Política e Economia Durante o PREC (1974-75)
  
Ricardo Noronha


Este livro ocupa-se da nacionalização da banca no contexto do processo revolucionário português de 1974-75. Baseado num vasto acervo de fontes documentais e inspirado num conjunto de ferramentas teóricas desenvolvidas por Mario Tronti, Walter Benjamin e Michel Foucault, o seu ponto de partida é uma interrogação incontornável: por que razão uma medida que não constava do Programa do Movimento das Forças Armadas e assumia implicações tão consideráveis, a curto e a longo prazo, obteve um apoio suficientemente alargado para ser inscrita na Constituição da República enquanto uma conquista irreversível da classe trabalhadora? A resposta ensaiada ao longo destas páginas estabelece uma articulação entre conflitos sociais e economia política, identificando-a enquanto o centro de gravidade do processo que conduziria à nacionalização da banca. Nesse sentido, analisa o modo como as lutas sociais contribuíram para um processo de radicalização cumulativa iniciado no final do Estado Novo, que ganharia intensidade crescente ao longo do processo revolucionário. Simultaneamente, tenta compreender por que razão o diagnóstico da situação económica contribuiu para polarizar o combate político, cartografando as linhas de força de um debate que conheceu sucessivas declinações e abrangeu aspetos tão diversos como a inflação, a legislação laboral ou as relações de propriedade. Num contexto de crise económica e revolucionária, o setor bancário converteu-se num ponto crítico da relação entre trabalho e capital: a concessão de crédito assumiria uma importância decisiva após o 25 de Abril, com os sindicatos a atribuir aos banqueiros propósitos de desestabilização associados à prática de “sabotagem económica”; na sequência da nacionalização do setor, por sua vez, governantes, gestores e sindicalistas propuseram-se colocar “a banca ao serviço do povo”, no contexto de uma breve experiência de “transição socialista” cujo eco se faria sentir no texto da Constituição da República. O caso da banca revela-se assim uma chave interpretativa privilegiada para identificar o elenco de problemas e o horizonte de possibilidades que dominou a conjuntura histórica a seguir ao 25 de Abril. Este livro propõe-se contribuir para o amadurecimento do campo historiográfico dedicado à interpretação do processo revolucionário de 1975-75, estabelecendo um diálogo crítico com os trabalhos de investigação produzidos acerca do tema ao longo dos últimos anos.

Imprensa de História Contemporânea 2018, 356p.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

The Luso-Anarchist Reader : The Origins of Anarchism in Portugal and Brazil

The Luso-Anarchist Reader
The Origins of Anarchism in Portugal and Brazil
 
 Edited by:
Plínio de Góes Jr, 
University of Massachusetts, Lowell

A volume in the series: Critical Constructions: Studies on Education and Society. Editor(s): Curry Stephenson Malott, West Chester University of Pennsylvania. Brad J. Porfilio, San Jose State University. Marc Pruyn, Monash University. Derek R. Ford, DePauw University.

Published 2017

No book has ever presented a selection of writings of anarchists from the Portuguese‐speaking world to an English‐speaking audience. In The Luso‐Anarchist Reader, writings by feminist radicals such as Maria Lacerda de Moura and anarchist communists such as Neno Vasco are made available in English for the first time. Researchers and activists interested in achieving a more comprehensive understanding of people's movements could certainly stand to benefit from exposure to these texts.

Groups such as the Anarchist Federation of Rio de Janeiro are organizing in both urban and rural Brazil, sometimes working as part of a larger umbrella organization known as Brazilian Anarchist Coordination or CAB coordinating the efforts of various anarchist associations. Anarchists participated in the massive 2013 protests in Brazil, protests that brought together millions of people to speak out against corruption and for a variety of social causes. Anarchists are active in anti‐austerity protests in Portugal against the European troika. Given the visibility of anarchism in the Portuguese‐speaking world, Brazil in particular, the need to understand the roots of this anarchist tradition is especially salient.

Anarchism in the Portuguese‐speaking world during the early twentieth century brought together immigrants, people of African and indigenous descent, and feminists to forge a solidarity‐based alliance for change. The young anarchist activists questioning the status quo today stand on ground seeded by the hard work of their predecessors.

CONTENTS
Dedication. Introduction to the Reader. Introductory Essay: Renovação: The Origins of Luso‐Anarchism, Plínio de Góes, Jr. 
PART I: FERTILE SOIL FOR THE LIBERTARIAN LEFT: LIMA BARRETO. Words From an Anarchist “Snob” (1913), Lima Barreto. Manuel Capineiro (1915), Lima Barreto. The Sower (1921), Avelino Fóscolo. Alms (1905), Avelino Fóscolo. Syndicalism in Portugal (1931), Manuel Joaquim de Sousa. 
PART II: THE THEORETICAL STRUCTURE OF LUSO‐ANARCHISM. The Anarchist Conception of Syndicalism (1923), Neno Vasco. Povero Vecchio! (1902), Neno Vasco. The Parasites (1935), Neno Vasco. Love Each Other . . . and Don’t Breed (1932): Intelligence has a Gender, Maria Lacerda de Moura. Sons of the Poor (1905), Ângelo Jorge. God (1905), Ângelo Jorge. The Factory (1909), Ângelo Jorge. Liberty and Life (1905), Ângelo Jorge. Sexual Love (1909), Ângelo Jorge. The Inevitability of Anarchy (1905), Ângelo Jorge. The Authoritarian Formula (1909), Ângelo Jorge. 
PART III: THE REPRESSION OF LUSO‐ANARCHISM. Four Years of Exile (1931), Mário Castelhano. Letter from Varella (1927), José Maria Fernandes Varella. Letter from Varella (1927), José Maria Fernandes Varella. Concluding Remarks: A Living Tradition.
 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Um homem vale um homem memória, história e anarquismo em Edgar Rodrigues / Carlos Augusto Addor

Um homem vale um homem memória, história e anarquismo em Edgar Rodrigues 
Carlos Augusto Addor


O tema desta tese é a obra de Edgar Rodrigues, memorialista do anarquismo no Brasil e em Portugal. A partir da análise da obra deste autor, composta por mais de cinquenta livros e cerca de mil e oitocentos artigos, publicados, tanto os livros como os artigos, em vários países, e produzida ao longo de um período que ultrapassa cinco décadas, procuramos escrever, ou reescrever, uma história do anarquismo e de suas relações com o movimento operário e sindical no Brasil, num recorte cronológico bastante amplo, que se estende da Proclamação da República, em 1889 até o Golpe Civil-Militar de 1964. Buscamos sempre relacionar a obra de Edgar Rodrigues à sua vida e ao contexto histórico no qual o autor viveu e produziu: num primeiro momento, Portugal, do seu nascimento em 1921 até a migração para o Brasil, em 1951. Desse ano, e até a sua morte em 2009 na cidade do Rio de Janeiro, trabalhamos com a vida e, principalmente, com a vasta obra de Edgar Rodrigues, produzida, em sua quase totalidade, nesse segundo momento, no país que o acolheu, e onde se naturalizou brasileiro. Pensamos que a tese pode contribuir para estudos, pesquisas e debates, não só sobre a obra de Edgar Rodrigues, mas também sobre a história do anarquismo, em especial no Brasil, e seus valores fundamentais: socialismo e liberdade.


sábado, 1 de fevereiro de 2020

OS COMUNISTAS DOS CONSELHOS E A III INTERNACIONAL


PANNEKOEK - LUKACS - OTTO RÜHLE - GORTER
BORDIGA - SYLVIA PANKHURST - K.A.P.D- A.A.U.-E
IL SOVIET - K.A.I - "COMUNISTAS BELGAS"
FRACÇÃO ABSTENCIONISTA DO P.S.I
COMUNIST LABOR PARTY - COMUNIST PARTY
GABINETE DE AMESTERDÃO
 
ASSIRIO & ALVIM / Nova Série / ensaio / 13
LISBOA, 1976, 198 paginas.
Tradução e organização de textos de Rui Macedo.
 
 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

À POPULAÇÃO AOS TRABALHADORES - Os estudantes de Medicina de Lisboa 7/12/73

À POPULAÇÃO AOS TRABALHADORES
Os estudantes de Medicina de Lisboa  7/12/73 

CONTRA A REPRESSÃO FASCISTA! CONTRA A EXPLORAÇÃO CAPITALISTA! CONTRA A GUERRA COLONIAL! POR UMA SOCIEDADE LIVRE DA EXPLORAÇÃO DO HOMEM PELO HOMEM, GERIDA E CONTROLADA PELOS PRÓPRIOS TRABALHADORES!
 

Arquivo Histórico das Classes Trabalhadoras