Experiência, expectativa e práticas possíveis tem por objectivo principal partir em busca de práticas possíveis, a partir das quais os seres humanos delineiam futuros, em situações de mudança.
O livro articula três investigações realizadas em Portugal e na Galiza, em conjunturas diversas. Através delas, procura-se analisar certas “práticas possíveis” entre agentes sociais concretos: as mulheres e os homens do Couço, no sul de Portugal, envolvidos no processo de Reforma Agrária, na sequência do 25 de Abril de 1974; as trabalhadoras têxteis de Verim, no sul da Galiza, na atualidade; os habitantes do Couto Misto, durante o processo de delimitação da fronteira entre os estados espanhol e português, no século XIX. As “práticas possíveis” remetem para instantes empolgantes, rotinas necessárias, ou fugas imperativas. Esses momentos da vida individual e colectiva estão dependentes do momento, da correlação de forças em campos sociais elásticos, de encadeamentos de escalas diversas e da relação entre a experiência e a expectativa dos agentes sociais. Num processo paralelo, pretende reabilitar-se a dimensão do político na prática e na análise das sociedades, no sentido de uma nova esperança para as pessoas e para as próprias ciências sociais.
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