Portugal no contexto
"Da Transiçao Para O Socialismo"
HISTORIA DE UM EQUIVOCO
As grandes questões sociais dos últimos anos do nosso século têm sofrido da "síndrome” da moda. As idéias, como a ciência, servem quase exclusivamente para acalmar os problemas existenciais dos espíritos e para alimentar uma intelectualidade cada vez mais proletarizada.
O fenômeno da “transição para o socialismo” não escapa a esse dilema. No fim do séc. XIX e princípios do séc. XX, as pessoas e as organizações lutavam e escreviam com uma certa honestidade sobre este domínio. Hoje, passada que foi a euforia revolucionária dos anos sessenta e setenta, o mesmo problema é encarado como um fenômeno histórico menor, ou então abandonado ao puro esquecimento. Como se, por exemplo, o “fenômeno Gorbachov” fosse possível de avaliar em termos de descontinuidade histórica e desenquadrado dessa questão básica.
Nesse sentido, para compreender, hoje, em grande parte, o fenômeno de mudança da URSS, ou inclusive a evolução de Portugal após o 25 de abril de 1974, é necessário avaliar os postulados teóricos que estiveram na origem e no desenvolvimento histórico da “transição para o socialismo".
O objetivo central da minha investigação cinge-se a uma análise crítica das premissas teóricas e práticas da “transição para o socialismo", com especial incidência em determinados autores e países. Para a compreensão dessa realidade em termos históricos, e depois de avaliar os pressupostos teóricos e práticos que fundamentaram essa problemática, procurei, sempre que possível, avaliar o processo português, decorrente entre 1974 e 1975, à luz desse modelo.
Blumenau FURB, 1997 - 376 p.
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